Era um daqueles dias em que estavam em casa porque não havia vontade para sair.Ela tinha chegado há 2 dias. Não se conheciam desde o fim do mês anterior... Afinal, só tinham passados 15 dias? Nem isso... Mas mais longe do que o dia chuvoso do seu começo, estava ainda a vontade de sair de casa. Era Dezembro. Tinham armado a tenda na sala porque o sofá cama era mais espaçoso. É sempre prometedor ter espaço para manobrar à vontade. "E agora? O que vamos fazer?" enquanto um sorriso muito criativo lhe aflorava os lábios. "Agora" respondeu ele sem a olhar nos olhos, "Tenho fome... Vens comigo à cozinha?". Uma ruga leve apareceu na testa dela, mas seguiu-o sem comentar. "Apetece-me algo fresco", "Acho que tenho gelo aqui algures...", desta vez, o olhar era ansioso e directo. "Gelo com quê?", a cartada era dela, "traz a bebida para a sala, o sofá é mais fofo do que as cadeiras.", e armada com um sorriso de olhos fechados virou costas e lançou-se para o sofá. Ele segue e esquece-se do copo na cozinha. Um strip de segundos e 5 minutos de mordidelas... "vou amarrar-te...tens aí um cinto de roupão?" , ele respira fundo apanhado de surpresa, "tenho...no quarto...", "não te mexas!! volto já!", e em cinco passos foi e voltou. Salto de tigre e olhar malicioso, "Dá-me as tuas mãos", hesitante, ele esticou os braços e deixou-se atar. Ela olha avaliando as possibilidades. "espera..." esticando-se agarra o seu lenço despido no chão e venda-o. "E agora?", "E agora....sente-me...", lentamente, uma procissão de dedos e lábios percorre-lhe o corpo. Mordidela leve no peito e um suspiro mais fundo. Agora, ela levanta-se sem avisar. Ele geme baixinho, mas mantém o silêncio. Ela volta. Deita-se ao lado, e move o braço. "Ah..hh" a surpresa mistura-se com o choque do cubo gelado na pele. O cubo de gelo desliza no peito até à perna direita, continua, joelho, gémeo, sobe, virilha..."Ah.." "shiu..." "aguenta..." o tom de puro gozo não aliviou a tensão e ele força as mãos no laço. O cubo continua a viagem, desta vez circula no umbigo e segue em zig zag até ao pescoço... ela leva o gelo à boca e desliza os lábios com o gelo no seu queixo. Sobe e entrega-lhe o cubo nos lábios. Ele trinca o cubo e ri vitorioso. Ela desvenda-o, e olha-o nos olhos com ideias a fervilhar..."E agora, tenho fome...", "desata-me então", ela sorri "nem penses nisso...és meu como eu quero e onde quero..." "e por isso, vou buscar o toping de chocolate...queres alguma coisa da cozinha?", ela tranca-lhe o peito com as pernas e passa-lhe a língua no nariz com um ar muito inocente. "não deixa...a única coisa de que vou precisar mesmo é de gelo, mais tarde...".